quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Tudo ao direito

Inspirados pelo poema da Luísa Ducla Soares, TUDO AO CONTRÁRIO, do livro "poemas da mentira e da verdade" resolvemos por "tudo direitinho".

O menino perfeito

queria tudo direito,

punha as roupas no armário

para ficar tudo bem feito.


Das gemas e claras

fazia uma omelete,

quando tinha vontade

usava a retrete.


Andava, corria

de pés no chão.

Se estava contente,

sorria a comer pão.


Secava-se ao sol,

molhava-se à chuva

e, em cada mão,

usava uma luva.


Escrevia com o lápis

na folha de papel

e achava doce

o sabor do mel.


No dia dos anos

teve dois presentes.

Um bolo com velas

e um pente com dentes.

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