As pessoas que estavam dentro do navio naufragado caíram ao mar. Um jovem tentou segurar-se nos pedaços do barco que flutuavam mas, no meio dos destroços, o rapaz abanava os braços sem ser capaz de se segurar. Num instante, desmaia e afunda-se no mar escuro.
Pelo meio das algas, o jovem afundava-se mais e mais, enquanto criaturas marinhas o rodeavam. Subitamente, do fundo escuro do mar, apareceu uma sereia que o agarrou, o puxou até à superfície da água e o arrastou até uma praia. Depois afastou-se!
O jovem acordou na areia com as roupas todas rasgadas. Não sabia como tinha chegado àquela praia nem o que fazer. Olhou para todos os lados e viu destroços do seu navio e rochedos. Mas também os botes abandonados na areia. “Estão vivos!”.
Depois olhou para o mar. Viu, ao longe, algo a afastar-se que lhe pareceu uma cauda de sereia e apaixonou-se.
Procurou e procurou, mais e mais, sinais da sereia e regressando a casa não parou de pensar em quem o salvou. Só viu uma cauda, mas aquela sereia é dona do seu coração.
Todos os dias, o jovem ia à praia procurar a sereia e a sereia, todos os dias, vinha à superfície e aproximava-se da costa, mas não se encontraram.
Farto de esperar, o jovem decidiu mergulhar no mar. Equipou-se com fato de mergulho, máscara, barbatanas e botija de oxigénio, para procurar a sereia, entre algas e mais algas, bem no fundo do mar, quando vê algo a brilhar. Um espelho decorado com pérolas luminosas.
- Só pode ser o espelho de uma sereia! - pensou o rapaz.
- Encontraste o meu espelho! - disse a sereia, atrás do rapaz, que se virou, surpreso.
- Procurava-te! - voltou a pensar, que dentro de água não podia falar.
Os jovens subiram à superfície do mar e conversaram muito sobre quem eram e sobre a vontade de estar juntos que agora sentiam.
1 comentário:
Subtilmente contagiando o gosto pelo amor. Parabéns.
Enviar um comentário