sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Frei João Sem Cuidados - TEATRO

Cena 1
(Entra o Frei João na sala do trono)
    ― Olá, Frei João! Aproxime-se! Está tudo bem?
    ― Sim, Majestade!
    ― Pois… És “Sem Cuidados”! E quero saber o teu segredo.
    ― Mas qual segredo, Majestade? Eu não tenho nenhum segredo. Eu só vivo para ajudar as pessoas e sou feliz assim!
    ― Mas então? Não tens mesmo preocupações?
    ― Tenho desejos, Majestade, de todos os dias fazer o melhor que saiba e consiga.
    ― E estou a ver que também tens sempre resposta! Pois vou arranjar-te alguns cuidados para teres algo com que te preocupar.
    ― Não, Majestade, por favor! Eu já tenho muito em que pensar: Ajudar as pessoas, ...
    ― Escuta! Tens três dias para me responder a três perguntas.
    ― Senhor!
    ― Quanto pesa a lua? Quanta água tem o mar? O que é que eu estou a pensar?
    ― Senhor!
    ― Se não souberes responder mando-te matar!
(O frade sai cabisbaixo e o rei fica a rir.)

Cena 2
(Frei João cruza-se com o moleiro)
    ― Boa tarde, Frei João!
    ― Boa tarde, Zé!
    ― Ora, ora! Frei João! Esse seu ar de hoje não combina com o seu nome!
    ― Tu, deixa-me em paz! Não zombes com a minha desgraça!
    ― E então, meu bom fradinho! Que aflição é essa que o traz tão preocupado? É doença?
    ― Qual doença? Pior que doença! Que não lhe vejo a cura e me vai lavar à morte!
    ― Se não é doença. Tem que ter remédio, mesmo assim! Ora conte lá!
    ― O rei vai mandar matar-me!
    ― Como? Não acredito!
    ― Palavra de frade fradinho, que me chamou ao palácio, para me fazer três perguntas e daqui a três dias tenho que lá voltar com as respostas. Se as não souber na ponta da língua, manda-me matar!
    ― E as perguntas… são?
    ― Quanto pesa a lua, quanta água tem o mar e o quê que ele está a pensar.
    ― Ahh! Vai haver fradinho na forca… ah isso vai! (rindo)
    ― Não mangues comigo. Tu ris-te da minha desgraça?
    ― Pior! Frei João… rio-me do parvo do rei!
    ― Não brinques com coisas sérias …
    ― Não estou a brincar e deixe comigo que eu sei o que fazer. O Frei João empresta-me o seu hábito e quem vai ao palácio, falar com o rei, daqui a três dias, sou eu! Vai ver como o seu nome fica a salvo e a sua cabeça também.
    ― Ó Zé! A minha cabeça, não. A tua!
    ― Ou isso!!!!
(O frade e o moleiro continuam os seus caminhos)

Cena 3
(Entra o moleiro, disfarçado de frade na sala do trono, com o capucho na cabeça)
    ― Olha que tal é a vergonha, que este frade em cuidados nem sequer mostra a cara! Ora diz-me lá então, seu velho descuidado. Quanto pesa a lua.
    ― Um quilo, senhor. Toda a gente sabe que tem quatro quartos.
    ― Ai é? E o mar? Quanta água tem?
    ― Majestade! Preciso da vossa ajuda. Mandai parar todos os rios e eu vos direi!
    ― Bom malandro me estás a sair! Mas se não me respondes à última, mando-te matar. Ora diz-me lá em que estou a pensar?
    ― Que está a falar com o frade, Majestade. E eu sou o seu moleiro.

(adaptação feita coletivamente, pela turma)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Hypatiamat - Jogo da adição

 


E com estas pontuações, temos dois nomes no TOP 100 nacional.

Vamos treinar muito e colocar no top 100 mais alguns traquinas felizes. 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Frei João Sem Cuidados

    Havia um frade de quem todos diziam que não tinha preocupações. Ele andava de aldeia em aldeia, levando os ensinamentos de Jesus, a oração, a humildade e o desprendimento de bens materiais.
    Ora, o rei só tinha preocupações e… inveja do Frei João. Tanta, que o mandou chamar ao palácio para saber o seu segredo.
    Mas o frade nada lhe disse que o satisfizesse e então o rei determina:
    - Vou arranjar-te alguns cuidados para teres algo com que te preocupar. Escuta, que tens três dias para me responder a três perguntas. Quanto pesa a lua? Quanta água tem o mar? E o que é que eu estou a pensar? Se não souberes responder mando-te matar.
    Completamente desassossegado, o frade saiu do palácio e ao cruzar-se com o moleiro do rei, este viu a sua tristeza e preocupação e disse, gozando:
    - Ó Frei João! Esse seu ar de hoje não combina com o seu nome!
    - Tu deixa-me em paz! Se daqui a três dias, não souber quanto pesa a lua, quanta água tem o mar e é quê que o rei está a pensar, manda-me matar.
    - Oh! Oh! Oh! Deixe comigo, Frei João! Empresta-me o seu hábito e quem vai falar com o rei, daqui a três dias sou eu! Vai ver como o seu nome fica a salvo e a sua cabeça também.
    - Ó Zé! A minha cabeça, não. A tua!
    - Ou isso!!!!
    E assim, passados os três dias determinados, de hábito e capuz, alguém se apresenta ao rei.
    - Olha que tal é a vergonha, que este frade em cuidados nem sequer mostra a cara! Ora diz-me lá então, seu velho descuidado. Quanto pesa a lua.
    - Um quilo, senhor. Toda a gente sabe que tem quatro quartos.
    - Ai é? E o mar? Quanta água tem?
    Majestade! Preciso da vossa ajuda. Mandai parar todos os rios e eu vos direi!
    - Bom malandro me estás a sair! Mas se não me respondes à última, mando-te matar. Ora diz-me lá em que estou a pensar?
    - Que está a falar com o frade, Majestade, e eu sou o seu moleiro.

(Transcrição do reconto oral, do professor, em sala de aula)

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Leituras em casa - 04

 De "O livro Branco do Natal", vamos ouvir a leitura da Inês neste Dia de Reis (6 de janeiro)



segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

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