O professor lançou-nos um desafio e nós colaborámos com ele em silêncio, atenção e rescrita.
Desafio:
Ao mesmo tempo que eu crio um texto, vou dizendo as frases em voz alta ao mesmo tempo de as escrevo no computador.
A vossa missão será ouvir em silêncio e copiar, cada uma das frases, do quadro para o caderno.
No final, todos leremos o texto.
parecia-me que no ar,
haveria de haver
muitas folhas a voar.
Fui ver!
Nada vi que fosse estranho,
tudo um pouco mais castanho
e mais nada a registar.
Então, o outono não chega?
À mãe eu fui perguntar.
E ela, então, respondeu...
― Ele chega devagar!
Depois, e enquanto nós concluímos a nossa tarefa de cópia, o professor continuou a escrever o texto até encontrar um final.
― Chega com ar bem cinzento
das nuvens que vão chorar,
água de chuva com vento,
de que te vais abrigar.
― Mas nada ao mesmo tempo,
vai ter que acontecer,
o sol também vai aparecer
entre as nuvens. Fica atento!
― E até se fazer inverno,
molhado e triste vai ficar.
Caem folhas com o vento,
negras nuvens, frio o ar,
árvores nuas, agasalhos
e na cabeça um gorro,
meias grossas a calçar.
― Blusão com forro e botim,
são coisas de tempo assim.
É o outono a começar…
Sempre, sempre, devagar!
― Chega com ar bem cinzento
das nuvens que vão chorar,
água de chuva com vento,
de que te vais abrigar.
― Mas nada ao mesmo tempo,
vai ter que acontecer,
o sol também vai aparecer
entre as nuvens. Fica atento!
― E até se fazer inverno,
molhado e triste vai ficar.
Caem folhas com o vento,
negras nuvens, frio o ar,
árvores nuas, agasalhos
e na cabeça um gorro,
meias grossas a calçar.
― Blusão com forro e botim,
são coisas de tempo assim.
É o outono a começar…
Sempre, sempre, devagar!
Jorge Pimentel; Setembro de 2020
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