sexta-feira, 26 de março de 2021

Lenda dos ovos da Páscoa

    Conta a lenda que a mãe de uma família pobre e numerosa não sabia o que oferecer, pela Páscoa, aos seus filhos, numa terra em que a tradição era festejar a primavera e a Páscoa ao mesmo tempo, com flores e festas de família.
    Como preparava uma refeição de ovos de galinha cozidos, para os seu filhos, lembrou-se que poderia juntar mais alguns, decorar as suas cascas e embrulhar de presente.
    Cozeu os ovos, pintou-os e deixou-os a secar, numa cesta, na janela da cozinha.
    Mas mais tarde encontrou a cesta caída no chão e todos os ovos desapareceram! Um coelho malandro espalhou-os pela horta e quando a criançada chegou da escola, teve que procurar as suas prendas entre as ervas e as couves. 
    A brincadeira foi tão engraçada que a repetiram nos anos seguintes, imitados por outras famílias, escondendo ovos de galinha coloridos nos jardins, mas também saquinhos de amêndoas e ovos de chocolate.
(versão Traquinas Felizes)

Os Traquinas Felizes não tiveram que procurar ovos escondidos na horta, nem na sala, nem no recreio. Chegaram, embrulhados em papel colorido, pela vontade da Associação de Pais da nossa escola, com a colaboração da loja Auchan de Famalicão.


domingo, 14 de março de 2021

ESCRITAS EM CASA 03

 Texto narrativo a poesia e a informação

A poesia disse ao texto narrativo:

– Eu sou o tipo de texto mais conhecido e vendido.

– Ai não, não és, Poesia, sou eu. ­– Disse o texto narrativo.

– Ah, ah, ah! – Riu a informação, e disse:

– Vou informar-vos porque sou eu o tipo de texto mais conhecido e vendido. Porque eu informo o que fazer às pessoas.

– De qualquer forma sou eu o mais conhecido e vendido! –Insistiu o texto narrativo.

– Sabem que mais? Vou perguntar às pessoas. – Disse a informação. Mas os poetas não rimam sem canetas.

– Que gracinha! Isso nem sequer rima! – Disse o texto narrativo. Nós nem temos contacto com as pessoas, somos só tipos de texto. Vou acabar já com isto! Somos todos muito conhecidos e muito vendidos, por isso somos iguais.

Vasco Ferreira (Março, 2021)

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